A Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda saúda o Dia Internacional das Mulheres, uma data em que se evocam e celebram as lutas travadas por tantas e tantas mulheres em todo o mundo, ao longo de décadas, em defesa dos direitos laborais, direitos sociais, direito ao voto, direito à educação, direito à determinação.
Para o Bloco de Esquerda, o país celebra esta data num tempo em que a crise levou a um retrocesso dos direitos das mulheres. Portugal foi o País em que a desigualdade salarial entre homens e mulheres mais aumentou, de 9,2% em 2008 para 13% em 2013, e são também as mulheres que mais sofrem com o desemprego.
A redução dos apoios sociais e, ausência de uma política de apoio à família, a desregulação das relações laborais faz com que as mulheres trabalhadoras sejam também as mais sacrificadas, pois são pressionadas para trabalhar mais horas, prolongando a jornada de trabalho em casa, nas tarefas domésticas e no cuidado com os filhos.
Assumindo-se como um partido feminista, que tem na luta pela igualdade uma das suas matrizes, o Bloco de Esquerda tem-se batido por uma outra política, tendo apresentado, esta semana, um pacote de medidas de combate à discriminação de género e de apoio à família , como o aumento da licença parental para pais e mães e do subsídio parental, o aumento da rede de creches e a reposição dos valores do abono de família, bem como a sua majoração para crianças menos favorecidas.
O Bloco de Esquerda não pode ainda deixar de alertar para o flagelo da violência doméstica, cujo aumento da visibilidade não foi acompanhado de medidas mais eficazes no apoio às vítimas, colocando praticamente todas as semanas, o país em sobressalto com assassinatos sórdidos, a maioria dos quais vitimando mulheres já sinalizadas como sendo vítimas de violência.
O Bloco de Esquerda exorta as Câmaras Municipais a promoverem Planos de Promoção de igualdade, que impliquem a criação de gabinetes de apoio, a articulação com as associações que trabalham no terreno, a cedência de habitações e de outros apoios a vítimas e aos seus filhos menores, a promoção de campanhas de sensibilização junto da opinião pública, das escolas e das empresas, entre outras medidas.