
Há largos meses que cerca de vinte funcionárias de limpeza dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) se deparam com irregularidades no pagamento dos seus salários e subsídios.
Estiveram contratadas pela Vez Limpa, empresa que recorrentemente não pagava os salários a tempo. Esta situação mereceu diversos protestos por parte das trabalhadoras, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza e atividades diversas (STAD) e originou também a intervenção do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através de perguntas dirigidas ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Em dezembro de 2022, os SASUM passaram os serviços de limpeza para a Servilimpe. Sucede que o contrato com a Vez Limpa cessou no dia 5, tendo-se iniciado o contrato com a Servilimpe no dia 19 de dezembro. As trabalhadoras continuaram a exercer funções entre os dias 5 e 19 de dezembro de 2022. Todavia, não receberam por estes serviços nem lhes foi pago o respetivo subsídio de natal.
Hoje, 15 de junho, as trabalhadoras estiveram em greve, tendo-se concentrado em frente às instalações da Universidade do Minho em Braga.
O Bloco de Esquerda esteve presente nesta concentração, em solidariedade com a luta destas trabalhadoras.
O Bloco de Esquerda considera inaceitável que a Universidade do Minho não assuma responsabilidade pela resolução da situação laboral destas pessoas. A Universidade fez a opção por entrega a uma empresa externa de um serviço permanente e necessário como é a limpeza das suas instalações.
As funcionárias continuaram a assegurar o serviço de limpeza entre os dias 5 e 19 de dezembro de 2022; este serviço tem que ser pago bem como o respetivo subsídio de Natal.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda endereçou hoje mesmo duas perguntas ao Governo.
Ao Ministério do Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, perguntamos:
1. O Governo tem conhecimento desta situação?
2. A Universidade do Minho está disponível para colaborar na resolução da situação laboral destas trabalhadoras, designadamente no que concerne ao pagamento do serviço prestado entre 5 e 19 de dezembro de 2022 bem como o subsídio de natal respetivo? Quais as diligências desencadeadas pela Universidade do Minho?
3. Por que motivo a Universidade do Minho decidiu subcontratar uma empresa externa para assegurar uma função permanente e necessária ao normal funcionamento da instituição?
4. Está a Universidade do Minho disponível para internalizar os serviços de limpeza nas suas instalações?
Ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social endereçamos as as seguintes perguntas:
1. A Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho está a acompanhar a situação destas trabalhadoras?
2. A Autoridade para as Condições do Trabalho está a acompanhar esta situação?