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Bloco promoveu "Conversa com Francisco Louçã" no Café O Basílio, em Vila Verde

No âmbito das “Conversas de Café”, que o Bloco de Esquerda está a realizar para promover uma aproximação às preocupações reais da população - tal como com a campanha “Porta a porta” -, o cabeça de lista pelo círculo eleitoral do Distrito de Braga esteve no café O Basílio, acompanhado pelos candidatos locais Ricardo Cerqueira e Micaela Gomes. Numa sala preenchida, com muitas perguntas e interações, a defesa da Habitação acessível para todos foi um tema central, num Concelho em que o parque público é quase uma inexistência: apenas 23 fogos, o que coloca Vila Verde muitíssimo abaixo da média nacional, de 2%, que por sua vez está também muito longe da média europeia, de 8%, com países como os Países Baixos, Áustria e Dinamarca a terem taxas de habitação pública acima dos 20%. A solução para a urgência da crise da Habitação que Portugal enfrenta tem de ser imediata, propondo para tal, o Bloco de Esquerda, a aplicação de um teto às rendas.

 

Os baixos salários, as dificuldades económicas e de emancipação dos jovens em Portugal, os serviços públicos ou os anúncios de investimentos desviados para políticas de guerra foram outros dos temas debatidos. Em relação à pergunta colocada por uma jovem a respeito de apenas 29 das 40 unidades hospitalares preparadas para a IVG a realizarem, Louçã referiu que os profissionais de saúde podem declarar-se “objetores de consciência”, mas não pode um hospital fazê-lo, pelo que, e porque faltam profissionais e recursos, é urgente a necessidade de valorizar as carreiras dos trabalhadores do SNS. Perguntando para que serve um milionário, reforçou a premência de taxar os ricos e super-ricos para defender a Democracia, num país de acentuadas desigualdades em que a diferença entre o salário dos trabalhadores e o prémio dos gestores chega a ser de 482 vezes, em que 50 famílias detêm 17% do PIB e em que os 10% mais ricos detêm 60% da riqueza.