Enquanto não houver vontade e coragem política para tomar decisões que, de facto, façam a diferença e respondam aos problemas da Habitação, a máxima “tanta gente sem casa e tanta casa sem gente” continuará a imperar.
Ainda que o Orçamento Municipal de Barcelos não responda, de todo, às ambições e necessidades das e dos barcelenses, parece agradar (pasme-se!) quer ao PS, quer à extrema-direita do Chega, dado que o aprovaram.
Como se explica que um governo suportado por uma maioria parlamentar seja capaz de colecionar escândalos a uma cadência tão apressada? Simplesmente porque se sentem imunes a escrutínios e impunes à coação, estando a coberto de uma maioria de absolutismo governativo.
O ideário ecomodernista é hoje amplamente prescrito pelo Banco Mundial, FMI e OCDE. É o alfa e o ómega da política ambiental neoliberal. Os ecomodernistas oferecem-nos um “bom Antropocénico”. Mas será mesmo assim?
Este OE mereceu o voto favorável dos patrões, os quais agradecem os favores que o Governo lhes faz e aplaudem o ataque a quem trabalha ou trabalhou durante toda a sua vida. Perante a crise que vivemos, o Governo apresenta um OE de empobrecimento e que falha em toda a linha.
É um absurdo que para a construção de uma estrutura de captação de energia a partir de um recurso natural com o argumento da sustentabilidade ambiental, estejamos a arrasar uma grande mancha de árvores adultas com importância crucial de sustentação de um solo produtivo e de nutritivo húmus.
Hoje vemos bem como a maioria absoluta do PS deixou de ter vergonha, mostrando ao que vem. A resposta ao aumento do custo de vida parece ter ficado no fundo da gaveta de António Costa – a direita e os interesses financeiros agradecem.