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Bloco propõe salário mínimo em 600 euros e reformas com 40 anos de descontos.

Candidatos do Bloco em Vizela.

A campanha do Bloco esteve em Vizela, na feira semanal, em contacto com a população no centro da cidade e em várias fábricas da zona.

Pedro Soares referiu a importância da indústria têxtil para todo o Vale do Ave e manifestou forte preocupação pelos níveis de desemprego que persistem. “O número de desempregados de longa duração que não têm qualquer apoio social nunca foi tão elevado como agora e enfrentar esse problema é uma emergência social”, adiantou o cabeça de lista pelo BE no Distrito de Braga que defendeu a atribuição de um subsídio social de desemprego a todos os desempregados que não tenham outro rendimento.

Pedro Soares, que esteve acompanhado pelos candidatos Ana Rute Marcelino, Manuel Carlos Silva e Joaquim Teixeira, considerou que o aumento da precariedade laboral está a significar agravamento das condições de vida dos trabalhadores. “Para além do brutal aumento dos impostos sobre o rendimento do trabalho e do IVA, dos cortes na proteção social que foram acima da média nacional no Distrito de Braga, a negociação coletiva foi brutalmente atingida por este Governo da coligação, com efeitos desastrosos sobre salários e condições de trabalho”, afirmou Pedro Soares quando falava com trabalhadores da “Mundo Têxtil”, em Vizela.

“A maior preocupação do Bloco é com a criação de emprego, a reposição integral dos salários cortados e o aumento do salário mínimo nacional para 600 euros”, disse o candidato do Bloco que, questionado por vários trabalhadores, deu muita ênfase ao compromisso bloquista de defender a idade legal da reforma aos 65 anos, como regra geral, e “a reforma aos 40 anos de descontos efetivos como uma medida da mais elementar justiça para quem começou a trabalhar e a descontar desde muito cedo, como acontece com muitos trabalhadores têxteis ainda hoje no ativo”.

O mundo do trabalho “não pode continuar a ser o grande pagador da crise e da austeridade conforme decorre das políticas do Governo da coligação, ao mesmo tempo que o sistema financeiro continua a beneficiar de todos os apoios do Estado, pagos pelos contribuintes, como mais uma vez deverá acontecer com o caso do “Novo Banco”, referiu Pedro Soares na feira de Vizela.