
"Não se podem fazer juras de amor pela educação, a ciência e a investigação e ao mesmo tempo o governo diminuir o investimento e da ciência para verbas de 2004 ou reduzir o financiamento em cerca de 30 por cento por aluno no ensino superior", disse o cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo circulo eleitoral de Braga na Sessão Pública "Ensino Superior e Ciência: As propostas do Bloco de Esquerda" que decorreu na Universidade do Minho, em Braga.
O desinvestimento nas universidades, nomeadamente os cortes no financiamento atribuído pela Fundação Ciência e Tecnologia às universidades, "espezinharam os centros de investigação significando uma queda do potencial cientifico do país", indicou candidato Manuel Carlos Silva. O modelo de ensino é "perverso e mercantilista", defendeu Manuel Carlos Silva, assente na precariedade dos seus colaboradores. "A precariedade e a instabilidade é total, em particular para os investigadores bolseiros", acrescenta Pedro Soares. A candidata bloquista Liliana Rodrigues referiu que é investigadora bolseira há sete anos, "sem sequer ser considerada trabalhadora e sem direito a subsídio de desemprego caso fique desempregada no futuro".
O mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda em Braga, Wladimir Brito, defendeu a necessidade da "abertura de novos concursos para as diversas categorias das universidades, de forma a facilitar a progressão na carreira" de todos os funcionários e docentes do ensino superior.