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Doença da flavescência dourada nas vinhas do Minho

Distribuição da Flavescência dourada e do vetor na Região Norte

Demos a conhecer na passada 5ª feira em conferência de imprensa sobre a rápida e preocupante progressão da doença da vinha que está a ocorrer nos distritos de Braga e de Viana do Castelo, a partir de uma pergunta ao governo que já foi entregue no Parlamento (ver anexo).

Sendo certo que a presença do inseto vetor já está identificada pelo Ministério da Agricultura em todas as freguesias do Minho, calcula-se que por cada ano que passa a manifestação da doença alastrará a mais 3 ou 4 concelhos e, segundo opinião de técnicos especialistas, cada planta infetada, se não for eliminada, dará origem, no ano seguinte, a pelo menos mais dez plantas portadoras do fitoplasma que provoca a flavescência dourada.

Até 2012, só no concelho de Amares, já tinham sido arrancados 100 ha de vinha doente. A situação vai agravar-se e os viticultores, naturalmente, oferecem resistência a soluções que impliquem o arranque sanitário da vinha por causa dos enormes prejuízos que acarreta.

De facto, não existem medidas específicas de apoio ao rendimento dos viticultores e trata-se de uma atividade que, uma vez interrompida, demora pelo menos quatro anos a repor todo o potencial produtivo. Durante esses quatro anos, há necessidade de manter a exploração e a família. Por isso, os produtores reclamam medidas urgentes de apoio aos abates sanitários e aos tratamentos contra o inseto vetor.

O Bloco está a confrontar o governo com este problema e vai continuar a pressionar a ministra Assunção Cristas de modo a que o próximo Quadro Comunitário de Apoio contemple ajudas à reconversão da vinha afetada e ao rendimento dos agricultores. A vitivinicultura é demasiadamente importante em termos económicos e sociais para que o governo continue a tentar evitar reconhecer e enfrentar o gravidade da situação.

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