
A Comissão Coordenadora Distrital de Braga do BE manifesta total rejeição à Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) que o Governo e o ministro Nuno Crato querem, mais uma vez, impor aos/às professore(a)s e educadore(a)s que não têm os 5 anos de serviço que o MEC determinou como condição para a dispensa da referida prova.
A Coordenadora Distrital manifesta, igualmente, a sua perplexidade pelas medidas do ME para limitar a entrada nas escolas durante o dia de amanhã e que só podem ter como objectivo impedir que os representantes sindicais realizem plenários legalmente convocados. O ministro Nuno Crato está a instituir uma espécie de "estado de sítio" nas escolas para tentar garantir qualquer contestação aos seus exames.
Este humilhante exame, para além de inadequado à especificidade da profissão docente e às finalidades que alegadamente visa prosseguir, vem objetivamente pôr em causa a qualidade da formação inicial dos docentes e das instituições que a ministra, bem como do seu desempenho profissional, assim debilitando globalmente a imagem e o estatuto da profissão de professor junto dos alunos e dos cidadãos portugueses em geral.
Este indecoroso exame que em nada melhora as escolas e o ensino serve simplesmente para dificultar o acesso à profissão, para descartar do sistema professore(a)s que o sistema usou quando precisou e para mostrar quem manda. Com a agravante de que neste caso o Ministério usou de má-fé ao não auscultar os sindicatos, ao manter todo o secretismo da decisão e ao encurtar prazos para diminuir a capacidade de contestação, que como se sabe teve grande êxito aquando da tentativa de implementação desta prova no passado mês de Dezembro.
Sabendo-se que o distrito de Braga tem agendadas provas em escolas dos concelhos de Braga e de Guimarães. a Coordenadora Distrital do BE exorta os professore(a)s convocados para qualquer tarefa tendente a viabilizar a concretização dessa prova, a manifestarem por todas as formas inteira solidariedade com os/as colegas.
Esta deliberação governamental é profissionalmente inaceitável e indigna. Para além de não ter enquadramento legal ou funcional das atividades especificas da docência, é uma afronta e uma total falta de respeito pelos professore(a)s, pela educação e pela escola pública. A Coordenadora Distrital expressa o seu apoio às lutas dos professores em defesa de uma escola pública, de qualidade e democrática.