
O candidato do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu fez questão de se associar às comemorações do Dia Internacional dos Museus, marcando presença ontem no Museu D.Diogo de Sousa, para reafirmar o compromisso do Bloco para com uma outra política cultural..
Carlos Silva participou, juntamente com dezenas de pessoas, numa visita guiada ao valioso espólio arqueológico de Bracara Augusta, e saudou “o trabalho que este museu tem desenvolvido na promoção e divulgação desse património, que constitui uma forte marca identitária da cidade”.
No entanto, não deixou de lembrar que o trabalho dos museus nacionais, mas também da produção e divulgação cultural, tem sido drasticamente afetado pelos cortes orçamentais, ao afirmar que “a troika fez reduzir para metade o Orçamento destinado à cultura”.
Carlos Silva teve oportunidade de verificar isso mesmo no Museu D. Diogo de Sousa onde, por razões orçamentais, não estavam disponíveis folhas de sala (documentos que resumem a informação ao visitante). E, referindo-se à recuperação das ruínas de Bracara Augusta recordou que “continua por fazer a musealização do Teatro Romano e da Ínsula das Carvalheiras que, juntamente com o património já preservado, permitirá a criação de um parque arqueológico, como é defendido há muito tempo por reputados especialistas bracarenses”.
O candidato do Bloco de Esquerda defendeu que é necessário que a União Europeia tenha uma outra política cultural, que “não se resuma a financiar as indústrias criativas, mas que centre os seus apoios na criação cultural e na recuperação do património. Precisamos de uma política cultural europeia que olhe para a cultura, não como uma oportunidade de negócio, mas como uma atividade que produz conhecimento e reforça a identidade dos povos europeus”.