
O candidato independente do BE às Eleições Europeias, Carlos Silva, defendeu uma maior articulação entre os sindicatos e os movimentos sociais, incluindo os dos trabalhadores precários para que, juntos tenham mais força, e recoloquem a importância e a centralidade do trabalho nas relações sociais e económicas.
Carlos Silva falava durante o debate “Situação Laboral e Políticas Europeias”, que a candidatura europeia do BE promoveu este domingo, e que contou com a presença de representantes e ativistas sindicais de vários setores como função pública, comércio e professores.
Adão Mendes acusou os Centros de emprego de estarem “a abater desempregados inscritos, ao exigirem às pessoas que frequentem cursos de formação longe da sua residência, que as pessoas são obrigadas a recusar, o que leva a que sejam eliminadas das listagens”.
O ex-coordenador da União de Sindicatos de Braga falou também do regresso em força do trabalho clandestino e no domicílio, com situações miseráveis e contra o pagamento de salários de 300 euros. No entanto, como referiu Américo Monteiro, da direção nacional da CGTP, “são estes trabalhadores que têm contribuído para o aumento das exportações”.
Aquele sindicalista falou da política de ocultação da informação, que está a ser levada a cabo por organismos públicos, sobre os verdadeiros números da crise, o que dificulta a perceção da realidade.
Américo Monteiro referiu ainda a importância da internacionalização das lutas para que os trabalhadores tenham melhores condições de enfrentar o ataque aos direitos que se está a generalizar em toda a Europa e para que conheçam melhor a realidade do que se passa em cada país para lá dos títulos dos jornais.
Pedro Soares, dirigente do BE, defendeu que era necessário que a esquerda lute e combata o discurso do Governo que “pretende fazer passar, de que é possível desenvolver o país contra os trabalhadores”.