
O candidato do Bloco de Esquerda às Eleições Europeias, Carlos Silva, trouxe a questão da Regionalização para a campanha, ao defender que a existência de um patamar intermédio de decisão, legitimada pelo voto, iria permitir uma gestão dos recursos mais equitativa.
O Minho, disse o candidato bloquista, “ tem sido prejudicado pela centralização de recursos que impera”, dando como exemplo o caso dos fundos comunitários do QREN, cuja gestão centralizada foi confirmada pela presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, durante uma reunião entre ambos.
O autarca bracarense defendeu a descentralização dos processos de decisão, afirmando que os autarcas deveriam ter mais poder e capacidade de decisão na gestão dos fundos comunitários, e foi mesmo mais longe ao defender, também ele, a Regionalização. “Confesso que, sobre esta matéria, mudei de ideias, e hoje considero que os recursos devem ser geridos o mais próximo possível das populações”.
Relativamente à questão das verbas do próximo quadro comunitário Carlos Silva lamentou que o Distrito não esteja contemplado com nenhum projeto de vulto, embora Ricardo Rio acredite que, no quer se refere às grandes infraestruturas de comunicação, a Linha do Minho venha a ser contemplada.
O autarca gostaria, no entanto, que os fundos pudessem financiar a melhoria da mobilidade entre as cidades do Quadrilátero Urbano, em especial a ligação entre Braga e Guimarães, quer por via do comboio, quer através de um metro de superfície, ideia, aliás, que vem sendo também defendida pelo Bloco de Esquerda.