
Pedro Soares defende que “um país digno não pode ter dinheiro para salvar bancos e depois deixar as instituições que prestam um serviço público e que cumprem responsabilidades do Estado à míngua de verbas”.
O cabeça de lista do BE visitou esta quinta-feira a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga, na Póvoa de Lanhoso. Ouviu da boca dos seus dirigentes que há mais de quatro anos que foi pedida a renegociação do acordo atípico que tem com a Segurança Social, para poder manter a atividade e acolher novos invisuais. “Agora, com as eleições à porta, é que receberam um reforço de verbas de 25 mil euros”, referiu Pedro Soares.
Domingos Silva, presidente da Direção da Associação, mostrou-se muito preocupado com o futuro do transporte dos 36 utentes provenientes muitos concelhos do Distrito, e que a Associação vai buscar a casa, uma vez que as suas carrinhas estão muito envelhecidas e com demasiados quilómetros. Daí que considere fundamental a revisão do acordo com a Segurança Social, para que a ação de apoio aos deficientes visuais não seja interrompida nem a qualidade do serviço seja diminuída.
Pedro Soares elogiou o trabalho da Direção da Associação de Invisuais e afirmou que “só um Estado social forte pode apoiar de forma digna todos os cidadãos e discriminar positivamente aqueles que são portadores de deficiência. E isso não se faz cortando nas pensões e nos apoios sociais”.
Antes da visita o cabeça de lista do Bloco, acompanhado de outros candidatos, esteve na Feira Semanal de Póvoa de Lanhoso onde vários cidadãos emigrantes denunciaram a sua dificuldade em votar devido ao encerramento e restrições ao funcionamento de vários consulados, sobretudo em França. “Este país quer as remessas dos emigrantes, mas depois não lhes dá a possibilidade de participarem nas escolhas democráticas do seu país”, acrescentou Pedro Soares.