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Bloco defende estratégia de valorização do território

A candidatura do Bloco de Esquerda à Assembleia da República esteve, nesta segunda-feira, nos concelhos de Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, em contacto com a população local, para auscultação das problemáticas destes concelhos e apresentação das propostas do partido, nomeadamente, o investimento na coesão territorial e o combate às alterações climáticas.

O programa da visita a Cabeceiras de Basto incluiu visita à feira semanal, reunião com os Capacetes Verdes, associação juvenil que se dedica ao ativismo ambiental, encontro com um jovem empresário, visita às obras de construção da barragem de Daivões. Em Celorico de Basto, a comitiva bloquista esteve reunido com a Junta de Freguesia de Codessoso, para avaliar o impacto do aumento dos depósitos de resíduos da Resinorte.

Após o encontro com um jovem empresário, que aos 22 anos trocou a cidade de Braga pela vida e trabalho numa exploração pecuária na freguesia de Gondiães, José Maria Cardoso, cabeça de lista por Braga, referiu que umas das prioridades do partido é “investir na coesão territorial”, através da “instalação de serviços públicos e investimento nas infraestruturas e transportes rodoviários”, que permitam “combater a interioridade”.

O candidato bloquista denuncia “a ausência de investimento público nestes territórios”, causadora de “vários constrangimentos à atividade agrícola e florestal”. O candidato refere alguns exemplos, como “a ausência de planeamento na rede de água que provoca a falta de água no Verão nos territórios mais elevados” e “os apoios públicos que atribuem a mesma verba a uma exploração, quer seja no Alentejo ou no Norte, apesar dos custos operacionais do Norte serem muito superiores, atendendo ao tipo de terreno e clima”.

 

O candidato propõe, por isso, “uma estratégia de valorização do território e das comunidades, que garanta a transformação agrícola e florestal, bem como acessibilidades destas populações aos aglomerados populacionais urbanos”.

Sobre a barragem Daivões, o bloquista reforça a necessidade de investimento na energia renovável, mas denuncia “a insustentabilidade deste projeto, atendendo ao impacto no ecossistema, como o abate de mais de 1000 sobreiros, alguns deles centenários”, pelo que considera ser necessário “investir em energia mais limpa, como a solar”.