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Bloco propõe ligação ferroviária entre Braga e Guimarães

Para assinalar o Dia Europeu Sem Carros, o Bloco de Esquerda, na tarde deste domingo, viajou de comboio urbano entre Guimarães e Braga. A viagem durou cerca de 2 horas, incluindo uma paragem de 50 minutos em Lousado, para efetuar o transbordo, um vez que não há ligação direta entre estas duas cidades.

No final do encontro, o deputado Heitor de Sousa afirmou que “não é admissível que a ligação ferroviária entre duas cidades à distância de cerca de 20 km demore 2 horas”, pelo que “é necessária uma nova linha que faça a ligação direta entre estas duas cidades, criando uma rede que permita o transporte de passageiros e mercadorias”.

Para o deputado da Assembleia da República, “o investimento na ferrovia eletrificada é urgente e essencial para a transformação radical da mobilidade no país, permitindo a descarbonização da economia e, consequentemente, combater as alterações climáticas”.

O bloquista esclarece que “a proposta do Bloco, já levada a plenário da Assembleia da República e chumbada pelo PSD, CDS e PS, assenta num programa de investimentos públicos ao longo de duas décadas, para requalificação integral da rede, reforço e extensão da rede nos territórios deficitários, reequilíbrio da repartição modal, correção das assimetrias e reforço da coesão social e territorial”.

Para o cabeça de lista por Braga, José Maria Cardoso, a ligação ferroviária entre Braga e Guimarães permitirá “eliminar a circulação de veículos individuais e, por conseguinte, reduzir as emissões poluentes e o tempo perdido em engarrafamentos e deslocações, bem como aumentar os níveis de conforto, sossego e qualidade de vida”.

O candidato a deputado refere ainda que “este programa inscrito no Plano Ferroviário Nacional 2040 envolve um investimento global estimado em 9 mil milhões ao longo de duas décadas, co-financiados por fundos comunitários, e que o acréscimo de custos de exploração pode representar cerca de 100 milhões de euros por ano, sendo metade do valor recuperável em tarifas e a outra metade suportada pelo Orçamento de Estado”.