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Bloco defende criação de rede nacional de creches públicas

Foto de Paulete Matos.

“Quando se fala tanto de natalidade, da necessidade que Portugal tem de crianças, quando se fala tanto dos problemas da pobreza infantil ou dos problemas da conciliação da vida profissional e familiar e até das questões do desenvolvimento das crianças, sabemos que a melhor resposta que o nosso país precisa de ter agora é saber o que conquistou com o pré-escolar na rede pública e dar um passo em frente: termos creches públicas em todo o país”, explicou Catarina Martins.

Além disso, é necessário assegurar que a pré-escola na escola pública possa efetivamente chegar a todas as crianças, porque “muitas ainda não têm acesso”.

Catarina Martins, que falava aos jornalistas à porta da escola básica com jardim de infância EB1 Ribeiro Carvalho, no Cacém, concelho de Sintra, aproveitou ainda para alertar para o problema que este estabelecimento de ensino está a enfrentar em relação à continuidade de alguns professores que aí lecionam.

“Estamos numa escola onde o ministério fez asneira, quando houve fusões em agrupamentos, o ministério não acautelou a continuidade dos professores e educadores desta escola de primeiro ciclo e jardim de infância, o que quer dizer que as crianças em setembro podem chegar à escola e dos 27 professores que são agora, apenas 10 são os mesmos e tudo o restou mudou", explicou.

Sublinhando que a lei estabelece a possibilidade da “continuidade pedagógica”, Catarina Martins acusou o ministério da Educação de ter sido “incompetente” por ter criado esta situação que demonstra “um profundo desrespeito” por toda a comunidade educativa, não se ter dignado a responder às perguntas que os pais fazem.

“Vamos questionar na Assembleia da República o governo sobre isso e exigir que resolva a situação”, prometeu, defendendo igualmente que a Câmara de Sintra também deveria tomar uma posição sobre a questão.