
Os deputados do Bloco de Esquerda eleitos pelo circulo eleitoral de Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, querem aferir quais as iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas pelas câmaras municipais do distrito de Braga para apoio às vítimas de violência doméstica.
No documento entregue na Assembleia da República, os deputados afirmam que “a violência contra as mulheres é uma forma de discriminação e uma violação de direitos humanos, constituindo o principal problema de segurança pública em Portugal”.
“A violência contra as mulheres e crianças, a violência doméstica constituem uma realidade sobre a qual é premente intervir, sendo fundamental mobilizar todos os agentes e as Câmaras Municipais desempenham, aqui um papel essencial”, acrescentam.
Por isso, os deputados querem saber “quais as diligências que estão previstas, designadamente na disponibilização de habitação para vítimas de violência doméstica e seus filhos e filhas, bem como na criação de mais casas abrigo e acolhimentos de emergência”.
Os números de femicídios (mulheres assassinadas nas relações de intimidade) são alarmantes. De acordo com os dados da Comissão para a Igualdade de Género, entre 2014 e 2018 morreram mais de 140 mulheres. O Observatório de Mulheres Assassinadas, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), analisou os últimos 15 anos (2004-2018) e concluiu que morreram mais de 500 mulheres. Entretanto, em 2019, morreram já 29 mulheres vítimas deste crime.
No dia 25 de novembro assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. O Bloco de Esquerda apela, por isso, à participação na manifestação pelo fim da violência contra as mulheres, promovida pela UMAR Braga, que se realiza nesta segunda-feira, pelas 18 horas, na Avenida Central, em Braga.
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