
A empresa Coindu S.A., fundada em 1988, dedica-se à produção de capas para assentos de automóveis de marcas de automóveis como Lamborghini, Audi, BMW, Porsche, Ford, Mini, Suzuki, entre outras. A Coindu S.A. emprega mais de 6000 trabalhadores distribuídos pelas unidades industriais de Joane, empresa sede, (2100), Arcos de Valdevez (811), Roménia (1558), México (999) e Alemanha.
Segundo António Cândido Pinto, presidente do conselho de administração, o grupo obteve mais de 700 milhões de euros, só a fábrica de Joane representou metade desta faturação. O administrador, em declarações à imprensa, no ano passado, apelava que precisava de aumentar a capacidade de produção e que não consiga atrair trabalhadores. Mencionava a intenção de expandir as unidades industriais.
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda teve conhecimento que a empresa informou cerca de 400 trabalhadores da unidade industrial de Joane e 100 trabalhadores de Arcos de Valdevez que iriam entrar em lay-off num período de 6 meses.
O Bloco de Esquerda está solidário com estes trabalhadores e trabalhadoras e considera inaceitável uma empresa, que lhe é aprovada uma recapitalização no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência Nacional, sendo considerada uma empresa viável, despediu trabalhadores e agora entra em lay-off afetando gravemente os rendimentos dos trabalhadores.
Recorde-se que, em novembro, em pergunta dirigida ao Governo, o nosso grupo parlamentar denunciava a intenção da administração da COINDU de despedir 400 trabalhadores nas duas unidades.
Atendendo ao exposto, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as seguintes perguntas:
1. O Governo tem conhecimento desta situação?
2. Quais as razões que a empresa apresentou para a ativação do mecanismo lay-off?
3. Está o Governo a acompanhar a situação desta empresa? Se sim, como? Quais os apoios públicos que a COINDU recebeu desde 2020?