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Trabalhadoras/es da Segurança Social de Braga reúnem com o Bloco

Uma delegação de funcionárias/os do Centro Distrital de Braga da Segurança Social reuniu com Pedro Soares e António Lima, em representação da Coordenadora Distrital do BE, para analisarem a situação decorrente do processo de despedimento de 700 trabalhadoras/es do Instituto da Segurança Social.

“Não podemos permitir que a Segurança Social seja privatizada, como parece ser o grande objetivo do ministro Mota Soares”, afirmou o ex-deputado e membro da Comissão Permanente do BE, Pedro Soares, após a reunião com o grupo de trabalhadores do Centro Distrital de Braga, onde 51 trabalhadoras/es foram notificados para passarem à “requalificação”.

O dirigente do BE saudou a luta e o exemplo dos trabalhadoras/es da Segurança Social que “não baixaram os braços e têm procurado sensibilizar as instituições, os partidos políticos e a opinião pública em geral, não apenas para a relevância do trabalho que desenvolvem, mas também para os perigos de privatizar funções cuja universalidade só o Estado pode assegurar, como é o caso da supervisão e acompanhamento às instituições e na área das crianças e jovens”.

As e os trabalhadoras/es presentes fizeram questão de explicar o trabalho que desenvolvem para demonstrar que todos os 51 que estão na lista de dispensas têm trabalho e fazem falta aos serviços, contradizendo assim o ministro da Segurança Social que afirmou que havia trabalhadoras/es que não tinham tarefas atribuídas.

Pedro Soares teceu duras críticas à forma como este processo decorreu: “É vergonhosa a falta de respeito que o ministro demonstrou pelas/as trabalhadoras/es, além de que, ouvindo estas/es trabalhadoras/es fica bem claro que o Instituto da Segurança Social não fez nenhum estudo para saber quais as verdadeiras necessidades dos serviços, nem se percebe quais foram os critérios”.

Os dirigentes do Bloco demonstraram grandes dúvidas sobre a legalidade deste processo, lembrando as providências cautelares que já foram interpostas pelos sindicatos e mostraram-se convencidos de que “o Governo não terá outro remédio senão recuar, tal é a injustiça e falsidade das premissas sobre as quais assenta esta decisão” e apelou aos trabalhadores para não desistirem de lutar, “pois a luta deles não é apenas uma luta em defesa dos seus postos de trabalho, mas uma luta em defesa de uma Segurança Social pública que é certamente um desejo partilhado pela grande maioria dos portugueses”.