
O Bloco de Esquerda apresentou, na tarde desta sexta-feira, a candidatura aos órgãos autárquicos do município da Póvoa de Lanhoso. Paulo Silva é o candidato à Presidência da Câmara Municipal e Carlos Machado o cabeça de lista à Assembleia Municipal.
Paulo Silva, 57 anos, técnico de segurança no trabalho, é ativista laboral tendo feito parte da comissão de trabalhadores e da comissão da higiene e segurança no trabalho da EDP.
Carlos Machado, 33, administrativo, é licenciado em História e pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade do Minho. Foi dirigente associativo no conselho pedagógico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e do conselho fiscal e jursidicional da Associação Académica da Universidade do Minho.
Na intervenção inicial, a deputada e dirigente distrital do Bloco de Esquerda, Alexandra Vieira, destacou que “é a primeira candidatura autárquica do Bloco neste concelho”, pelo que “é importante uma candidatura à esquerda que levante os problemas da população e apresente soluções para a habitação, transportes e apoios sociais que respondam à crise social e económica”.
Paulo Silva lamentou os “condicionalismos de diversa ordem” e afirmou que “o concelho já deveria ser tolerante para quem quer fazer a diferença e se quer assumir perante novos desafios e novas opções políticas”.
O candidato criticou a governação dos últimos 12 anos que resultou “num concelho pouco atrativo, na diminuição dos rendimentos da população, no despovoamento com a saída dos mais jovens para o estrangeiro, em políticas ambientais erradas, em políticas com falta de resposta à mobilidade tão necessária para as populações, incluindo as pessoas com mobilidade condicionada, a falta de resposta efetiva no que diz respeito à proteção animal”.
Para o candidato à Câmara “o alcatrão atrás de alcatrão, por esse concelho fora, com os olhos postos nas eleições, não resolve os problemas concretos da população, como a falta de saneamento e o abastecimento de água”.
“Defendemos para a Póvoa de Lanhoso uma adequada resposta à crise social, a garantia do direito à habitação com a construção de parques habitacionais a preços controlados, o combate à violência sobre as mulheres e à discriminação da população LGBTI+, a luta pelo clima e por mudanças nas políticas de mobilidade, a defesa dos direitos dos animais, o apoio ao associativismo popular, à cultura, à juventude e aos idosos, o combate às desigualdades e reforço dos serviços públicos, a defesa da igualdade plena e a democracia, transparência e combate à corrupção no poder local”, foram algumas das prioridades avançadas pelo candidato.
Carlos Machado referiu a necessidade de investimento nos transportes públicos coletivos, para acabar com as freguesias sem este serviço e que as tornam “ilhas” dentro do concelho. Enquanto candidato à Assembleia, Carlos afirmou que pretende “aproximar as pessoas deste órgão”, levando à discussão os “assuntos realmente importantes para a população e não os debate partidários que costumam acontecer”. Uma das primeiras propostas que apresentará será a declaração da Póvoa como território de liberdade LGBT+, para que “sejamos um concelho que respeite a diferença e trate com dignidade todas e todos”.