Programa do Bloco de Esquerda na Póvoa de Lanhoso

Abril trouxe-nos inúmeras promessas que ainda não foram cumpridas. É nas autarquias que teremos de levantar questões importantes e já esquecidas para que as populações, além de as discutir, possam ter a resposta efetiva para a sua concretização. O caso concreto sobre o tema da regionalização não pode nem deve ser arredado da decisão das populações e das lutas do poder autárquico consagrado por abril. O nosso concelho, integrado nos 85% de concelhos com menos de 50.000 habitantes, que para além de não ter escala populacional , recursos técnicos e humanos para dar cabal resposta às transferências de competências entretanto passadas pelo governo aos municípios foi obrigado, por exemplo a externalizar os serviços públicos de transportes, que como é visível, trouxe enormes desvantagens aos povoenses mas por outro lado gigantescas vantagens a empresas privadas do setor. Está também criado o logro democrático de que a eleição dos presidentes das CCDR é condição para serem atribuídas novas competências, o que na verdade se traduz na manutenção de um organismo que nada altera a orientação que têm em ser meros organismos periféricos da administração central e órgãos desconcentrados do Estado sem adquirirem mais competências. Lutar pela defesa efetiva de um poder intermédio que descentralize a administração, regionalize objetivos e projete políticas que se identifiquem com a população e a sua área geográfica, para além de inscrito na Constituição da Républica Portuguesa, é solução para um futuro promissor, justo, inclusivo e solidário. 

Apresentamos à população da Póvoa de Lanhoso um conjunto de propostas, esperando que as mesmas surtam inquietude no dia da decisão, que visam o desenvolvimento sustentável de um concelho que tem estado arredado dos caminhos futuristas. É tempo de agir e assumir um compromisso local e regional. É tempo de decidir! É tempo de dizer: CONSTRÓI O FUTURO.