
O Bloco de Esquerda promoveu, na passada sexta-feira, uma sessão pública em Vila Verde, para prestar contas do trabalho parlamentar realizado pelo partido nesta legislatura.
Pedro Soares, deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo circulo eleitoral de Braga, fez um “balanço positivo” da “legislatura que nos diziam que não ia chegar ao fim”. O deputado salientou que este acordo parlamentar entre Bloco de Esquerda, PS e CDU, permitiu “virar a página da austeridade”, no entanto considera que “podia ter ido mais além”.
Sobre os pontos positivos, Pedro Soares referiu o “maior aumento do salário mínimo nacional das ultimas décadas, o aumento extraordinário das pensões de reforma, a vinculação extraordinária de 3000 professores, o programa de regularização da precariedade na Administração Pública, os manuais escolares gratuitos e a redução da propinas no ensino superior”.
Por outro lado, o deputado bloquista criticou o “residual investimento público”, que leva a que haja uma “degradação de alguns serviços públicos”, pelo que é necesário “resolver os problemas dos enfermeiros e dos técnicos de diagnóstico”. Pedro Soares destacou ainda a importância da gestão pública no Hospital de Braga e a construção do novo hospital de Barcelos e Esposende.
Para os próximos meses, Pedro Soares refere que o Bloco de Esquerda concentrará esforços na aprovação da Lei de Bases da Habitação, uma vez que “não é um problema só de Lisboa e do Porto, aqui em Vila Verde também se sente a crise na habitação, não há casas para arrendar”.
Pedro Soares criticou ainda “o fechamaento da Câmara Municipal de Vila Verde”, que já havia rejeitado reunir com o Bloco de Esquerda, e apelou a haja abertura do executivo, para “contribuir para o diálogo democrático”.
Álvaro Martins, do Núcleo de Vila Verde do Bloco de Esquerda, destacou algumas necessidades urgentes do concelho, nomeadamente, a requalificação dos centros de saúde e das escolas, bem como a necessidade de requalificar as vias de comunicação e aumentar os transportes públicos.